A Maldade Humana e a Ilusão da Paz Mundial
A história da humanidade é marcada pela violência. Desde os tempos antigos, guerras e disputas por terras, poder e religião faziam parte da vida — como se fosse algo normal. Era reino contra reino, povo contra povo, e quem era mais forte dominava. Com o tempo, vieram as grandes guerras: a Primeira e, principalmente, a Segunda Guerra Mundial, que até hoje é a mais falada. Depois disso, não parou — teve Guerra Fria, Coreia, Vietnã, Golfo… e agora, novamente, vivemos conflitos como Rússia e Ucrânia, Israel e Palestina.
Me pergunto: Brigar pra quê? Já ouvi música que diz isso – Será da Legião Urbana. Também ouvi uma frase forte: “a guerra é o produto da paz.” Parece contraditório, mas é real. Em toda guerra, por mais trágica que seja, a humanidade dá um salto — seja na tecnologia, na medicina ou na inovação. É como se o caos fosse um combustível para o progresso.
Mas o que quero destacar aqui não é apenas o impacto da guerra, e sim a maldade humana. Porque, no fundo, parece que a violência é algo natural dentro da gente. Como se a paz mundial fosse um sonho impossível. Às vezes tudo começa em casa, com uma simples briga de família. Irmãos contra irmãos, como tantas histórias do passado. E isso se repete em larga escala, com países desrespeitando limites, invadindo fronteiras, interferindo nas escolhas dos outros.
E quando falo de programação do comportamento, lembro dos quartéis. Lá se ensina a obedecer ordens, a conter sentimentos, a viver sem razão — como diz uma música brasileira crítica ao militarismo. É um ambiente onde a disciplina extrema molda o indivíduo, onde há doutrinação sim, mas aceita por quem escolhe estar ali. A fronteira entre o que é escolha e o que é imposição fica tênue. Talvez não estejamos tão distantes de uma sociedade mecanizada, onde pensar por si mesmo é perigoso, e obedecer é a única virtude.
A humanidade aprendeu a guerrear, mas não aprendeu a lidar com o diferente. Tudo vira motivo para impor uma visão, para dominar. E isso não está só entre países, mas nas redes sociais, nas escolas, nas famílias. Cada um quer ter razão, e poucos estão dispostos a ouvir. O respeito virou algo raro, quase estranho.
Tem horas que penso: será que estamos mesmo evoluindo? Porque, com tanta tecnologia, ciência e informação, ainda agimos como bárbaros em muitas situações. Vivemos em tempos onde se fala muito em empatia, diversidade, liberdade — mas basta alguém pensar diferente para ser atacado, cancelado ou silenciado. Não matamos com espadas, mas com palavras, desprezo e isolamento.
Talvez o problema esteja na raiz da nossa formação. Desde pequenos, muitos são ensinados a vencer, não a conviver. Aprendem a competir, não a cooperar. Crescem vendo que o mais forte é quem manda, e que sentir raiva, medo ou tristeza é sinal de fraqueza. Isso molda adultos que repetem ciclos de violência emocional, psicológica e, muitas vezes, física.
Então me pergunto: onde começa a verdadeira paz? No silêncio das armas ou no interior de cada um? Porque, se não aprendermos a lidar com nossas próprias sombras, com nossos traumas e impulsos, vamos continuar repetindo os mesmos erros — só com armas mais modernas.
Ideia e pensamento de Arllen Philipe – with the help of a ghostwriter
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