Entre o silêncio da noite e os gritos que ninguém ouve: uma reflexão sobre o vazio, as crises e o sentido de continuar
“é de noite que tudo faz sentido, no silêncio não ouço os meus gritos”

Hoje não foi diferente. De uns dias para cá, venho refletindo muito sobre o meu trabalho. Às vezes, me pego pensando se tudo isso não seria em vão. Talvez seja coisa da idade… ou talvez seja apenas o peso dos dias, que seguem seu curso natural, indiferentes às nossas angústias.
Mas é justamente isso que traz aquele desespero — uma pressa para viver, uma urgência de fazer tudo acontecer agora, que não acompanha a realidade, nem o tempo das coisas. E é assim que vem a crise.
O sentimento de que nada tem valor. Que nada faz sentido. Que todo esforço parece inútil. E por mais que, durante o dia, a gente se distraia com as demandas, com os compromissos, com as obrigações… quando a noite chega, tudo silencia. E é nesse silêncio que os pensamentos falam mais alto. Gritam. Sufocam.
O vazio volta. A ausência pesa. E, infelizmente, eu já conheço esse vazio de cor. A gente tenta se enganar, tenta acreditar que está tudo bem, que é só uma fase. Mas, na verdade, isso faz parte de uma batalha constante que não tem hora marcada pra começar — nem pra acabar.
No fundo, tudo isso é sobre se questionar: Será que eu estou no caminho certo? Será que vale a pena? Será que algum dia esse sentimento passa?
Talvez você, que está lendo isso agora, se identifique. Talvez você também esteja lutando suas próprias batalhas silenciosas, que ninguém vê, que ninguém entende. E, se for assim, eu te digo: você não está sozinho. Nem eu. Nem você. Nem ninguém que carrega esse peso invisível.
E se a vida insiste em ser pesada, que a gente insista em ser forte. Ou, pelo menos, que a gente insista em continuar.
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